5 abaixo-assinados que fizeram a diferença para os direitos LGBT+

Leitura de 5 minutos

Talvez você já tenha ouvido que "assinar um abaixo-assinado não vai mudar nada". 

Mas, na verdade, eles são muito eficientes pra pressionar governos e empresas e trazer a atenção das pessoas e da mídia para assuntos importantes.

E se você não acredita em mim, vou te contar sobre 5 vezes em que abaixo-assinados da All Out fizeram toda a diferença na luta por direitos LGBT+!

E vamos começar pelo Brasil!

1) O STF criminalizou a LGBTfobia

Em outubro de 2018, o Supremo Tribunal Federal (STF) anunciou que ia começar a votação de uma ação que poderia criminalizar a discriminação contra pessoas LGBT+ no Brasil.

Junto de grupos parceiros do Brasil, a All Out lançou um abaixo-assinado para que as pessoas pudessem mostrar seu apoio às ações em discussão no STF. Em menos de uma semana, mais de 220 mil pessoas já tinham assinado!

O julgamento levou muitos meses, mas a gente não desistiu. E valeu a pena: no fim das contas, mais de 750 mil pessoas tinham assinado o abaixo-assinado. Foi um dos maiores da história da All Out – mostrando ao STF o tamanho do apoio que a criminalização da LGBTfobia tinha no Brasil!

E a gente foi até o STF e entregou as nossas assinaturas direto ao gabinete do presidente do Supremo. Depois de meses e meses de discussão no STF: vitória! E a LGBTfobia se tornou crime no Brasil!

Ana e Leandro, ativistas da All Out no Brasil, junto de dois funcionários do gabinete do Presidente do Supremo e Paulo Iotti, o advogado que defendeu o caso no STF – além de parte de um dos grupos parceiros nesse abaixo-assinado.

Crie seu próprio abaixo-assinado pelos direitos LGBT+. É fácil, gratuito e seguro!

2) Um garoto foi inocentado depois de ser acusado de violar a lei "contra propaganda gay" da Rússia

Existe uma lei na Rússa que proíbe a produção e a distribuição de "propaganda de relações não-tradicionais" – ela é mais conhecida como a lei "contra propaganda gay". 

Em 2018, quando o Maxim, um adolescente russo, postou imagens de homens "seminus" (como descreveram as autoridades) nas redes sociais, um tribunal decidiu multá-lo em 50 mil rublos – cerca de 3 mil reais. E o Maxim foi a julgamento, mesmo sendo menor de idade!

Quase 35 mil pessoas da comunidade All Out assinaram um abaixo-assinado que lançamos em parceria com um grupo russo pra apoiar o Maxim.

E deu certo: o Maxim foi inocentado de todas as acusações!

3) Duas garotas do Marrocos livres depois de quase serem presas por um único beijo

Em novembro de 2016, duas adolescentes do Marrocos foram presas simplesmente por se beijarem.

Elas foram soltas com pagamento de fiança depois da primeira audiência na justiça. Só que as acusações contra elas não foram retiradas e elas ainda corriam o risco de pegar até 3 anos de prisão. 

Junto com nossos grupos parceiros locais, a All Out lançou um abaixo-assinado pedindo que as autoridades marroquinas soltassem as garotas de uma vez por todas.

Mais de 104 mil pessoas assinaram o abaixo-assinado!

E em dezembro, um dia depois de entregarmos as assinaturas ao Ministro da Justiça do Marrocos, recebemos excelentes notícias: as garotas foram inocentadas pelo tribunal, soltas e todas as acusações foram retiradas!

4) Um pastor homofóbico foi banido da África do Sul e da Irlanda 

Em junho de 2016, uma boate LGBT+ em Orlando, nos Estados Unidos, foi atacada por um atirador que matou 50 jovens.

O pastor homofóbico Steven Anderson reagiu a essa tragédia dizendo que havia: "50 pedófilos a menos no mundo".

Em setembro de 2016, Anderson planejava ir à África do Sul pra pregar mensagens de ódio homofóbico pelo país.

A All Out se juntou a um grupo sul-africano pra lançar um abaixo-assinado pedindo ao Ministro de Interior do país, Malusi Gigaba, que negasse a entrada de Anderson no país.

Mais de 52 mil pessoas assinaram e o Ministro Gigaba concordou em encontrar com nossos parceiros, receber as assinaturas e um documento com uma lista das ações homofóbicas do pastor Steven Anderson.

Hendrik, parceiro da All Out, entrega as assinaturas ao Ministro Gigaba. 

Pouco tempo depois da reunião, o Ministro anunciou que o visto de Steven Anderson seria negado e ele e suas mensagens de ódio homofóbico não poderiam entrar na África do Sul.

Até que em maio de 2019, Steven Anderson atacou novamente. Dessa vez ele queria espalhar mensagens de homofobia na Irlanda. 

A All Out, com grupos irlandeses, juntaram mais de 25 mil assinaturas em um abaixo-assinado pedindo ao governo irlandês que proibisse Steven Anderson de espalhar suas pregações homofóbicas na Irlanda.

O Ministro da Justiça da Irlanda, Charlie Flanagan, recebeu as assinaturas e aplicou uma ordem de exclusão que nunca tinha sido usada na história da Irlanda – e o pastor Steven Anderson não entrou no país!

5) A prefeita de Sófia protegeu a Parada LGBT+

Em 2017, a Parada LGBT+ em Sófia, na Bulgária, estava sendo violentamente ameaçada por um grupo neonazista. Esse grupo chegou a registrar um evento pro mesmo dia, horário e local da Parada LGBT+, chamando seus apoiadores pra "limparem Sófia e a Bulgária de todo o lixo".

Por isso, a All Out se juntou à organização da Parada LGBT+ e lançaram um abaixo-assinado pedindo que a prefeita de Sófia garantisse que a Parada LGBT+ ficaria totalmente segura de ataques de neonazistas.

Nossos parceiros na Bulgária entregaram mais de 35 mil assinaturas pra prefeita.

Por causa da atenção global, as autoridades aumentaram a segurança do evento, contiveram os cerca de 50 neonazistas e a Parada LGBT+ de Sófia foi um sucesso: mais de 3 mil pessoas se reuniram no centro da cidade e marcharam por igualdade pra pessoas LGBT+ na Bulgária! 

Crie seu próprio abaixo-assinado pelos direitos LGBT+. É fácil, gratuito e seguro!

 

Saúde mental: uma conversa com Jup do Bairro

3 histórias de pessoas LGBT+ refugiadas na Alemanha

Pessoas trans e travestis: discriminação no ambiente de trabalho? Saiba o que fazer